Embora o primeiro Oscar tenha ocorrido em 1929, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (ou Ampas, na sigla em inglês) já existia desde 1927. Sua origem não é muito glamourosa: o chefão do estúdio MGM, Louis B. Mayer, queria uma instituição que intermediasse as disputas trabalhistas entre estúdios e trabalhadores. No início, ela era dividida em cinco setores, conhecidos como "ramos", cada um com um grupo de profissionais: Atores, Diretores, Roteiristas, Produtores e Técnicos.
Com o tempo, o ramo dos Técnicos foi diluído em outros, como Som, Música e Maquiagem. Cada um dos atuais 17 ramos escolhe o vencedor em sua respectiva categoria no Oscar. Algumas, como melhor documentário, são definidas por um comitê "inter-ramos". A única em que todos votam é a de melhor filme. O ramo com mais membros (portanto, mais influente)é o dos Atores.
Você só entra se for convidado - e a filiação é vitalícia. Isso causa um grande problema: a maioria dos membros é de uma época com pouca variedade de etnia e gênero no showbusiness. Em 2015, 97% da Academia era branca, 76% era homem e a idade média era de 63 anos. Isso explica por que filmes sobre minorias (ou atores de minorias) costumam ser ignorados no Oscar.
Sabe aquela história de que brasileiro não pesquisa sobre os candidatos antes de votar? Na Academia,é igual. As regras não exigem que você veja todos os filmes antes de dar seu voto. Quem tem mais tempo livre são os aposentados -e seus gostos nem sempre batem com o do público.É por isso que obras com jeitão "clássico" costumam ganhar das "moderninhas". Lembra-se da vitória de O Discurso do Rei sobreA Rede Social, em 2011? Ou de Forrest Gump - O Contador de História sobre Pulp Fiction, em 1995?
" Resumindo, a academia de cinema não passa de uma gigantesca panela, onde impera a discriminação e a busca pelo poder - citação comprovada pelos dados estatísticos citados acima. Então Glória pires, não se preocupe, pois, falta de informação nesse caso não é tão ruim como se imaginava "
